O Poder das Palavras e do Nome de Deus

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As palavras, tal como qualquer som emitido, por músicas, cantos, um assobio ou estalar dos dedos, palmas, grito, risada, choro, até um espirro, transformam-se em energia e vibração nos planos sutis. 

Um nome -um simples nome de pessoa- quantas pessoas já tiveram ou tem essa mesma identidade? Quantos já proferiram esse mesmo nome com amor, com ternura, carinho, saudade, raiva, ódio, desprezo, desgosto, enfim, com diferentes cargas e conteúdos emocionais? Isso confere ao nome uma egrégora energética, que transcende a vibração dos fonemas que o compõem.

Várias palavras juntas na forma de mantras, orações ou cantos, emitidos com fé, intenção e propósito, criam sinergia e atuam para o fim a que se propõem. A energia das palavras faladas, dos diversos sons, e até das palavras escritas, foi bem demonstrada pelo pesquisador japonês Masaru Emoto. Ele provou, com suas experiências, como as palavras influenciam na formação geométrica dos cristais de água, que se tornam mais bonitos com palavras de boas vibrações ou associadas a bons sentimentos.


Até o sagrado nome “Deus” já teve sua energia “contaminada”, tantas vezes foi dito em vão. O segundo mandamento diz: “Não pronunciarás em vão o nome do Senhor teu Deus”. Imagine esse Nome sendo pronunciado por quase todas as pessoas, em diferentes ocasiões ao longo de milhares de anos. Só pessoas boas invocaram Deus? A palavra “Deus” foi emitida apenas para orações do bem, para se conseguir ajuda divina para boas ações? Creio que não; nem sempre.



Invocar um mantra, ou os nomes divinos, tem sido assunto e matéria de diversas tradições religiosas, escolas iniciáticas ou espirituais. Segundo o evangelho bíblico de João: “No princípio, era o Verbo e o Verbo estava com Deus e o Verbo era Deus”. Isso traz inúmeros significados, mas, ao pé da letra, de forma literal, a palavra “Deus” traz a própria energia de Deus.

Leonard Orr em seu livro “Libertando-se do Hábito de Morrer”, tem um capítulo inteiro dedicado ao “Nome de Deus”. Ele fala que a prática do nome de Deus é básica para o entendimento dos yogues imortais. Ele teve que ir até a Índia para entender o verso “O Nome de Senhor é uma torre forte; os retos correm para ela e se salvam” (Salmos).

Na Índia, a prática do Nome de Deus é chamada de “mantra yoga” ou “japa yoga”. O Nome nos eleva à presença de Deus e O traz para dentro de nossa mente e corpo. Por milhares de anos, os indianos estão imersos na cultura do Om Kara – a prática do Nome. Uma fieira de 108 contas, chamada “mala”, ajuda na concentração para a repetição do Nome de Deus, uma vez para cada conta.



Ainda, segundo Leonar Orr, as tradições religiosas apresentam inúmeras maneiras de se invocar a Deus. Por exemplo, a religião da Bíblia é a mesma que a religião de Shiva, a palavra sânscrita para Deus. O sânscrito é a linguagem espiritual da humanidade. Ela antecede a Torre de Babel. É a língua dos yogues imortais, isto porque existem tantos conceitos de imortalidade física e transfiguração no sânscrito que os outros idiomas ainda não possuem vocabulário para tal. Ele complementa, dizendo que a prática com os Nomes constrói força espiritual e sabedoria.


Cada Nome de Deus incorpora um Poder. Quando dominamos o Nome dominamos este Poder, mas Leonard diz que existe um Nome Supremo que é “Om Namaha Shivai” ou “Om Namaha Shivaiya”. “Shivai” é feminino e significa “Espírito Infinito”. “Shivaiya” é masculino e significa “Inteligência Infinita”. Quando o Pensamento impregna o Espírito ele dá luz ao Universo. “Namaha” significa “Manifestação Infinita”. “Om” foi trocado para “Omen” no Judaísmo e para “Amem” no Cristianismo. Os muçulmanos usam também esse Nome como “Om Allah ho ya Om”. Isso revela que todas essas religiões tem suas Raízes no mesmo Deus. Em hebraico esse Nome se torna “Ya Weh” ou “Ya Vah”, as duas ultimas silabas de Shyvaiya em ordem inversa.


Da Cabala podemos ressaltar os 72 nomes de Deus. Segundo Alexandre Chagas, no livro “Os 72 Nomes de Deus – Guia Prático de Consulta e Meditação”, cada um dos 72 nomes de Deus é composto por 3 letras do alfabeto hebraico antigo e cada um desses nomes serve para nos conectar com uma faixa vibratória da Luz de Deus e trazer essa sintonia divina para nossas vidas. Cada nome é usado como um símbolo sagrado, já que a disposição das letras, via de regra, não produz palavras, o que impede a pronúncia. Cada letra representa uma energia específica. Cada som gerado pela vibração, ou escaneamento visual das palavras, representa uma força energética diferente que repercutirá na alma.


Joshua David Stone diz que existem palavras que elevam e palavras que ferem. As palavras podem magoar, assim como podem curar. As palavras negativas não são coisas vagas e nebulosas que muitos crêem que sejam. As palavras proferidas em fofoca, contra alguém, são como dardos envenenados, transmitidos de pessoa a pessoa, e que vão acumulando mais e mais veneno de cada um que as profere, até chegar aos ouvidos da pessoa visada como um tiro de canhão. Também existem as pragas, e maldições. Por isso, “Vigiai e Orai”!

Elce Guimarães, no seu livro “Ecologia Interna” ressalta a força das palavras. A frase “Dou a minha palavra” denota o poder que existia antigamente na palavra de uma pessoa. Vem da mesma época que os negócios eram garantidos pela palavra e até pelo fio do bigode do sujeito que se comprometia. Tudo que se fala produz um eco que ressoa e retorna. O que falamos, ou deixamos de falar, dependendo da situação, pode trazer repercussões sérias em nossa saúde…

Que boas palavras elevem sua vibração; que a boa vibração atraia para você as condições para que realize o seu potencial sagrado e divino; que o seu potencial divino o permita expressar o que tem de melhor, para co-criar com Deus e ajudar o planeta a dar o seu salto quântico evolutivo!

Ivan Maia Nunes
Léa Cristina Ximenes
Facilitadora/Conselheira Metafísica




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