A Teologia e o Espiritismo


Há, erroneamente, no movimento espírita, um estudo que é considerado como sendo da Teologia no Espiritismo, todavia, os mais prudentes preferem considerar esse estudo como sendo teonômico, ou seja, que se trate de Teonomia Espírita. E arrazoemos:
Abrindo o Tratado de Teologia, traduzindo, vamos encontrar o seguinte:

TEOLOGIA - Ciência da religião, das coisas divinas. Compreende vários ramos:

1 - Teologia Dogmática - Define e demonstra as "verdades" em que devam se crer. Os dogmas estabelecidos pela fé e pela razão divina da qual não se pode contestar. São leis estabelecidas pela compreensão divina e de seu Poder Superior.
2 - Teologia Moral - Ensina as coisas a se praticar, a vida dedicada aos princípios religiosos e o respeito a Deus, ente Superior que dita nossos costumes e o modo de ser da nossa existência.
3 - Teologia Ascética - Descreve as paixões, as virtudes e os vícios bem como os meios de dar forma à sua vida e adaptá-la aos preceitos evangélicos. Enfim, mostra a vida com suas alternativas e a forma vivê-la dentro dos preceitos da fé da religião.
4 - Teologia Mística - Estuda os meios pelos quais a alma se une intimamente a Deus. O julgamento final e os destinos que a mesma terá perante o dito julgamento final.
5 - Teologia Escolástica - Aplica a razão filosófica aos dons da fé. Seu fundamento consiste em religar os dogmas cristãos e a Revelação à filosofia tradicional num formalismo pleno.

- Torna-se necessário distinguir na Teologia, dois elementos principais, onde (da qual) a autoridade se difere: 1. As verdades dogmáticas (que não se discute) por ela esposada e 2. as explicações que a mesma dá.
É claro que aqui, temos um resumo geral do que seja a Teologia em si, o que, pelos seus próprios conceitos e fundamentos, mostra que nada tem em comum com a codificação espírita, o que, por si só, recomenda que não se use tal conceito para se estudar nada que seja correlato com a ideia espírita de Deus e decorrências.



Já, a Teonomia, cujo conceito, até escrevermos nosso trabalho - E Deus, Existe? - não constava de nenhum dicionário, pelo que se pode depreender, permite que se estude Deus sem dogmas, sem preconceitos, sem outros vínculos presos a fundamentos indiscutíveis, além da razão.

Para os Espíritos Superiores, quando indagados por Kardec (ver LE, cap. I, item 1) eles definem Deus como sendo "causa suprema de todas as coisas" negando, dessa forma, a idéia de que fosse o Criador do mundo em si e tudo o que o envolva. Porque, de fato, a causa da existência do pinto é o ovo galado que, depois de chocado, na vida, seria criado pela galinha chocadeira e nas granjas pelo sistema artificial.
Kardec, infelizmente, não sentiu a sutiliza da resposta a ele dada pelo Espírito Verdade que o assessorava na codificação e, por muitas outras obras sequentes referiu-se a Deus como "Criador" provavelmente pelo vício do uso conceitual de sua época.

E, na Gênese, no cap. II, chega a dar a Deus propriedades e sentimentos humanos, como "de infinita bondade", "todo poder e justiça" e por aí afora. Como consequência clara da conceituação incidental da sociedade.
Os Enciclopedistas admitem que a idéia da existência de Deus nasceu dos primitivos cultos ou rituais de sacrifícios e imolação de seres vivos, onde, durante os rituais, os sacerdores "incomporavam" a idéia de um Ente divino (mediúnico, para os espíritas) ou seja, de um Deus com poderes superiores que se manifestava comandando os ditos rituais. O Sacerdote Supremo, então, "incorporava" a Entidade Superior dos destinos humanos, ou seja, o Deus que aquela gente respeitava e consagrava. Assim nascera a idéia da Existência de um Ente Superior a comandar os destinos dos seres humanos e, a partir de tal conclusão, cada religião passou a criar seu Deus próprio. Por esse motivo, como, cientificamente, a verdade é única para todos, o Deus religioso nega esta premissa, já que cada religião possui, como foi dito, seu próprio Deus. E Deuses com características distintas, que só protegem os fiéis de suas respectivas seitas.




Já a Ciência, atualmente, divide-se em várias e diversas correntes, incluindo os radicais, aqueles que se diziam "materialistas" e que, atualmente, não mais possuem condição para apregoar que a matéria seria causa de tudo, desde que Einstein provou que ela é a condensação da energia cósmica e que esta energia jamais poderá se alterar por si só sem que sobre ela atue um agente físico, que seja, para condensá-la e dar-lhe, qualquer, forma atômica material.

Se é necessário que haja um agente estruturador distinto da energia. Para as Escolas in Murray Gell Mann, à frente do acelerador de partículas da Stanford University, em 1975, após descobrir a existência dos quarks, deu início a uma série de experimentos com partículas atômicas disparadas e bombardeadas a fim de verificar como as mesmas poderiam se anular, a fim de fazer o estudo inverso e descobrir como as mesmas se formam. A turma do CERN, infelizmente - talvez, por rivalidade - insiste em ignorar tais estudos, de modo que os seguidores do Fermilab suiço, que tem ampla divulgação mundial, não dá conta de tais descobertas, ou seja, que, para que uma simples subpartícula atômica se forme torna-dianas - Amit Goswami - estes agentes pertenceriam ao domínio espiritual, o mesmo onde se encontram as "almas humanas"

Peter Higgs, físico escocês, ao equacionar a existência de mais um bóson - partícula estudada por Bose, o autor da Estatística atômica - resolveu dar a esta partícula os "poderes divinos de criação" ou seja, o Deus criador, das religiões em si, só que dependia de duas etapas distintas, a de provar que a partícula existia e que a mesma possuía a propriedade de criar o átomo em si, só ignorou um fundamento: e como ou como tal partícula teria sido criada? Auto formação? Muito ilógico. E, de fato, o CERN, com ajuda dos estudos de Higgs, detectou a existência de sua partícula só que ela era simplesmente mais um bóson como os demais já conhecidos.

s pesquisas recentes que detectaram as emissões cósmicas que comprovam a existência do Big bang vieram comprovar uma série de outros estudos astrofísicos sobre a formação do Universo.

Já Edwin Hubble, cosmofísico americano que descobriu a expansão do Universo e o definiu como sendo cíclico (repetitivo) e anisotrópico admitiu que de fato, a teoria de um Big bang era provável e lógica, sendo que assim, o Universo estaria fundamentado em dois tipos cíclicos, o atual de expansão, onde tudo evolve e se forma até que a expansão ceda lugar e perca sua capacidade de continuar, assim, esvaindo-se para, então, dar início ao ciclo inverso de implosão - anisotrópico porque não tendo sendo oposto rigoroso de volta, como o caso do pêndulo, cujo movimento é isotrópico - onde toda energia expandida é novamente comprimida para dar início a outro Big bang. E onde entraria Deus nisso? Como Entidade sobre-humana, preocupado com as criaturas terrenas, Ele jamais teria condições de comandar a implosão do Universo. Este Agente tem que ser Físico e Supremo, para efetuar tal feito, onde os Espíritos dos religiosos, ou agentes estruturadores da Física, apenas, estariam ajudando o Universo a implodir para nele novamente embarcar e definir mais uma etapa do seu ciclo evolutivo.

Só que isso acaba com a idéia do Deus religioso, antropomórfico, preocupado em punir as criaturas que desobedeçam aos seus desígnios.
CARLOS DE BRITO IMBASSAHY


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