Harmonia com a natureza




Harmonia com a natureza

Utilizadas por culturas milenares, as propriedades mais sutis das plantas podem nos auxiliar em nosso equilíbrio psicoenergético, médiuns ou não, independente da religião

O trabalho de um médium é estudar sempre e se aprimorar para que possa servir à Luz. Os ensinamentos deixados por Allan Kardec, André Luiz, Ramatís e muitos outros autores iluminados, do lado de cá ou de lá, são norteadores do caminho a ser percorrido nesse processo evolutivo. Mas e quanto ao animismo, as capacidades do próprio espírito e seus poderes de autocura com base no amor consciente?

Muitos espíritas dedicados, às vezes nem se abrem à mais nova possibilidade de conhecer ou interagir melhor consigo mesmo, seja em projeção astral (o desdobramento), seja na manipulação energética de seus próprios chacras ou na emanação de luz e amor para a humanidade. Mas um médium, seja ele da que Religião for, nunca pode se esquecer que para servir melhor aos propósitos Divinos, deve evoluir pessoalmente, tratando-se, transformando-se, atuando na própria cura da alma. Muitos vão dizer, "mas que cura, não tenho doença alguma!". É bom lembrar que os desequilíbrios humanos, o ego e a cabeça fechada aos novos conhecimentos demonstra falta de cuidados com a própria alma. Além dos cuidados com o corpo físico, todo ser humano tem responsabilidades sobre suas emoções e pensamentos e sobre os reflexos e condicionamentos que possa causar a si mesmo.
Como médium consciente das minhas capacidades anímicas, trago a experiência de equilíbrio e cura, através dos recursos da natureza. Além dos óleos aromáticos, dos temperos naturais equilibradores, destaco os banhos de ervas.
Para que servem os banhos? 
Muitos pensam que os banhos de ervas são exclusividade dos umbandistas e que por isso mesmo, devem ser somente banhos ritualísticos.
É importante compreender, cientificamente, para que servem os banhos de ervas e como é possível sua utilização sem qualquer vínculo religioso.
No livro Nosso Lar é André Luís quem relata sobre o tratamento com fluidos vegetais, em socorro ao espírito Ernesto, obsediado e adoentado, como mostra no capítulo 50 (veja box).
A energia das plantas (também conhecida como fitoenergética) pode causar uma verdadeira combinação química, elétrica e biorgânica em nosso ser, atuando sobre nossos campos debilitados e suas correspondências diversas.
Com ela, é possível vitalizar o físico, emocional, mental e espiritual, através da nossa aura e dos chacras (centros de força) e também pela química absorvida pela corrente sanguínea.
Estou destacando o uso do banho de ervas, não só porque trabalho e uso dessa terapêutica no meu dia-a-dia, mas porque vejo a presente má-informação e preconceito sobre o uso dos banhos. Se bem utilizado – e isso não tem nada a ver com a religião da pessoa – as plantas podem trabalhar energeticamente sobre aqueles desequilíbrios pessoais que tornam-se nossos pontos de assédios, cotidianamente.
Por exemplo, é comum nos tornarmos extremamente críticos em relação à humanidade. Mas quais são os pontos que mostram isso em nós mesmos? Uma fadiga mental, a ansiedade, uma incerteza constante, as angústias, a fragilidade e o medo, que sem querer parecem se enfatizar e várias outras coisas, minam nossos objetivos espirituais, nossa auto-estima e, consequentemente, nossa saúde.
Como espiritualistas, sabemos o que nos causam esse fatores comuns à maturação e ao crescimento pessoal. Mas por que não utilizamos os recursos de auxílio à cura fornecidos pela própria natureza?
É o preconceito que nos denuncia e empata a evolução. Não devemos ficar dependentes de nada, mas precisamos ser mais responsáveis sobre a nossa própria cura e evolução.
O ser humano não é solitário ou único nesse imenso universo. A evolução vegetal é co-criadora e está quintessênciada aos elementos naturais e aos processos de transformação também. Existe, de fato, a evolução mineral, vegetal, animal, hominal... Estamos todos juntos, cada um em seu grau evolutivo, e por que não podemos nos ajudar? O homem integrado à natureza, de forma responsável e consciente é nosso próximo passo.
O médium espírita precisa e pode se cuidar, curando e ampliando suas capacidades anímicas e se interligando a outros seres, como demonstra o espírito André Luiz em vários livros de sua autoria.
O banho de ervas, até como tratamento, não é de religião alguma, é da própria natureza. Se na Umbanda o utilizam, é porque os próprios espíritos desencarnados que se apresentam como pretos-velhos, caboclos, crianças, etc, conhecem esses princípios e os utilizam largamente. Seus princípios iniciáticos estão relacionados a eles, mas não pode ser esse o motivo da não utilização correta e digna da energia vegetal também pelos espíritas.

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